Suanê (1922 - 2020), nascida Lúcia de Barros Carvalho, no Engenho Santo Antônio, em Água Preta, Pernambuco. Radicada em São Paulo desde 1940, onde viveu até seu falecimento, aos 98 anos. Iniciou sua produção artística na capital paulista e se entendia como “artista popular”, tendo sua primeira exposição individual na Galeria Itá, em 1946. Em suas pinturas, traduz visualmente elementos da cultura pernambucana que trouxe de cantos, contos e memórias de infância no engenho da família, em pequenas cidades no agreste, seu convívio com o povo indígena Fulni-ô, as histórias do cangaço, as festas e costumes da região. Em 1945, Suanê casou-se com o artista Nelson Nóbrega (1889-1998), com quem manteve longa parceria dividindo o mesmo ateliê, onde produziram e deram aulas de desenho e pintura até início dos anos 1990, formando gerações de artistas atuantes em São Paulo. A projeção do trabalho de Suanê teve seu auge no início da década de 1950, participando da I Bienal Internacional de São Paulo e do Salão Paulista de Arte Moderna, no qual foi premiada. Também recebeu a encomenda de pintar o afresco da Capela do Morumbi, reinaugurada em 1951, com projeto do arquiteto modernista Gregori Warchavchik (1896-1972), por indicação do casal Lina Bo Bardi (1914-1992) e Pietro Maria Bardi (1900-1999). Suanê seguiu criando ao longo das décadas seguintes, constituindo um grande e variado corpo de obras, constando em coleções privadas (Brasil, Bélgica, Chile, EUA, Inglaterra); e de instituições como o Museu da Cidade de São Paulo, a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o MAM-SP, Museu de Arte de Santa Catarina, Museu de Arte Primitiva de Assis-SP e o Museu de Arte Moderna da Bahia.

Currículo de exposições

Individuais:

Coletivas:

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Imagens de Suanê na Capela do Morumbi
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Suane e seu marido, o artista Nelson Nóbrega